domingo, 1 de novembro de 2009
Proposta para educação obrigatória brasileira
Finalmente o Senado brasileiro voltou a trabalhar, pois na última quinta-feira (29/10) foi aprovada uma emenda constitucional que obriga o ensino gratuito para crianças de 04 à 17 anos, tento direito a todos os recursos didáticos, transporte, alimentação e à saúde. Esta emenda também prevê a desvinculação de tributos da união que hoje, retira 20% dos recursos destinados à educação deste tipo de arrecadação.
O que a educação ganha com isso?
Bem amiguinhos, na teoria isso renderá cerca de 9 bilhões amais por ano no caixa do ministério da educação até 2011, retirados diretamente do produto interno bruto, para investimentos em escolas, preparação de professores e atividades relacionadas à educação nacional, além de os alunos passarem mais tempo em sua vida estudando, tendo a possibilidade de obter um melhor futuro acadêmico-profissional. Na prática desvincula o "salário-educação" deste ministério, haverão mais profissionais ligados diretamente à escola (psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas, nutricionistas...) e os alunos terão apoio praticamente integral até quase à maior idade.
Nossa mas parece que tudo está ótimo, será que haverá problemas nesta Emenda Constitucional?
Possivelmente sim, até a implementação desta proposta, terão que ser realizados concursos e treinamentos dos atuais profissionais da área. Pegando por exemplo a aplicação da inclusão de estudantes portadores de necessidades especiais na escola comum, vemos que não há preparo de professores, não há ainda uma equipe treinada para ensinar crianças com necessidades especiais, não á uma eficácia didática que garanta o aprendizado de qualquer aluno da classe, além da questão estrutural dos prédios.
As escolas ainda não tem uma padrão ou bagagem para manter a ordem e garantir que o aluno que está em sala de aula, terá um bom aproveitamento e aplicação no seu dia-a-dia do que é ensinado na escola. Se não forem sanados problemas de vandalismo impune, ou motivação de alunos para se manter na escola aprendendo, continuaremos vendo a beleza no papel, mas com aplicações falhas, e com obrigações de tarefas e conteúdos que nem o professor se sabe, ou está preparado.
Vamos acompanhar o desenvolvimento e aplicação desta nova lei, até porque terão muitas oportunidades de trabalho para muitos profissionais de várias especialidades, possivelmente com bons salários.
Leitura recomendada:
Tecnologia do Ensino - Skinner, B. F. (1968)
Traz de maneira clara dificuldades, ainda atuais sobre a educação e possíveis soluções.
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