quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ansiedade

Quem nunca sentiu um frio na barriga momentos antes de fazer uma prova? Ou suou frio antes de fazer uma jogada arriscada? Ou até mesmo se engaja em várias atividades para que o momento de espera passe bem mais rápido? Estes são considerados comportamentos ansiosos, popularmente chamados de ansiedade.

Podemos definir ansiedade como uma resposta emocional que antecede a apresentação de um estímulo (sinal) que antecede uma situação aversiva (Skinner, 1965). Se começarmos a olhar este fenômeno desta maneira, podemos entender que este comportamento é fruto de interações do ambiente e podem ser mudados.

No Globo Reporte do último dia 19 de agosto tratou do tema comum ao cotidiano das pessoas, Ansiedade. A pesar de ainda falar de medicação como alternativa de tratamento, a reportagem mostrou que este comportamento ansioso é fruto de interação com o ambiente e tem como solução, melhorar essa relação entre o indivíduo e o ambiente, como já definido por Skinner anteriormente.

A Pediatra e pesquisadora da UniCamp Maria Aparecida Moisés, fala a equipe de reportagem que realmente a prática medicamentosa não é a solução para as "adversidade da vida", relatando a necessidade de intervenção junto ao ambiente que o ansioso interage nos momentos em que demonstra comportamento ansioso. A importância desta fala se dá pela facilidade de aceitação por parte da classe médica em não selecionar o tratamento mais comumente indicado por esta classe profissional.

Também foi demonstrado no programa, o que eu particularmente acho um progresso na mídia, que o tratamento psicoterápico com a criança de ser realizado também com as pessoas envolvidas no ambiente delas (pais, responsáveis, avós...) sendo estes importante para solucionar de modo mais rápido e eficaz a esta dificuldade.

O que mais me chamou a atenção neste conjunto de reportagens foi a demonstração de pesquisas realizadas no estudo deste tipo de comportamento. No caso mostrando laboratórios de Análise Experimental do Comportamento estudando modelos de ansiedade com ratos, identificando os princípios básicos envolvidos nesta situação. Profissionais de Análise do Comportamento espalhados no Brasil, como o Núcleo de Análise do Comportamento da Universidade Federal do Paraná (NAC - UFPr), Laboratórido de Análise do Comportamento da PUC-RJ.

A grande demonstração até o momento que este padrão comportamental é aprendido, e do mesmo modo que aprendemos a ser ansiosos, podemos aprender a não ser ansiosos. E que os diagnósticos taxativos como Sindrome de Ansiedade, transtorno não explicação o tratamento, mas podem atrapalhar a buscar o tratamento.
Com a exposição desta posição não medicamentosa de modo mais sutil à grande população, espero que daqui a algum tempo pare de tratar comportamentos como doenças de cunho fisiológico e que devem se tratados com tais, mas sim tratar comportamento com quem entende de relações comportamentais (interações com o ambiente).

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O que você acha que está acontecendo em Londres?

Mr. Dowel faz um desabafo em entrevista ao comentar o que os negros tem sofrido ao longo dos anos no Reino Unido, não só neste período de revoltas nas ruas.

domingo, 3 de abril de 2011

II Simpósio INCT-ECCE um breve comentário.


Acabo de voltar da UFSCar, do simpósio bem interessante do INCT-ECCE, cheio de apresentações e referências importantes para o desenvolvimento de tecnologias e aplicações da Análise do Comportamento para a educação.


O grande ponto chave deste encontro foi os tipos de pesquisa translacional com os temas de aprendizagem de leitura e escrita e uma proposta interessante para olhar os processos de emergência de relações não treinadas diretamente (Equivalência de estímulos, Barros), um posição intrigante sobre a conceituação de resposta de observação (Tomanari) e um conjunto de palestras que mostraram basicamente os treinos de leitura ao longo do tempo, como eram propostas e aplicações das teorias e evolução do conceito do processo de aprendizagem.

Balanço geral muito importante evento, pena alguns debates não terem sido efetivamente debates, mas mesmo assim muita coisa aproveitada.

No mais, ansioso para o próximo evento.
até a próxima postagem.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Confiar no conhecimento dos antigos?



Ontem conversando com um amigo, ficamos falando sobre modo de criação (bater, não bater, o que acontece se fizer isso, e se não fizer, sou diferente do meu pai, mas estou fazendo a mesma coisa), com isso, pensei: " este é um bom tema para voltar a atualizar o blog", então aqui está.

Já se pode dizer de antemão é que o conhecimento evolui, por mais certo que possa parecer algumas coisas que ocorreram outrora, hoje em dia há maneiras melhores de se fazer, mais rápidas e eficazes. Um exemplo disso é o famoso ditado "me queimei com óleo, bote folha de bananeira, ou pó de café" (conhecimento antigo), isso de nada resolve o problema da queimadura, pelo contrário pode até agravar, o que é dito hoje em dia para se fazer, "em qualquer tipo de queimadura, bote água corrente" (conhecimento atual), o tipo de aplicação mudou, evoluiu, pois se tem certeza, através de estudos, que a melhor maneira de se tratar de um queimado, é com água corrente.

O papel da mulher na sociedade, "na bíblia está escrito que homem trabalha e mulher cuida da casa e dos filhos", muito bem, pode acreditar nisso, mas e se você não é casado com a mulher, quem vai sustenta-la, e se esta mulher, trabalha, ganha tanto dinheiro que nem precisa da sua ajuda financeira? Muito ligado a esta manutenção de método de pensamento, está atrelado à cultura, e o histórico de vida, por exemplo, esta pessoa que disse isso foi criada pela mãe em casa, e não sabe viver em outro modelo, como de uma mãe que pode trabalhar.

Outro mito muito comum, que vem se repetindo é o de bater, já mencionado nesse blog antes. Uma comparação simples do seu efeito, se batemos muito em um cachorro, o que acontece: fica agressivo demais, ou totalmente deprimido, sem fazer nada. Com ser humano não é diferente, se mantivermos este mito de que uma palmadinha resolve, vamos continuar tendo gente agressiva, e muito deprimida, apática (desamparo aprendido - Maria Helena Leite Hunziker, USP).

O que se pode concluir é que, o mundo é dinâmico, e devemos acompanhar a evolução, pois se nos mantivermos apenas no conhecimento dos antigos, continuaremos sendo antigos, e não evoluiremos, não existirão coisas novas, e assim, possivelmente melhorias. E sim, nossos antigos acertaram em alguns pontos, mas também erraram e outro, cabe a gente concerta-los quando formos passar este conhecimento pra frente.
(imagens meramente ilustrativas.)

domingo, 1 de novembro de 2009

Proposta para educação obrigatória brasileira



















Finalmente o Senado brasileiro voltou a trabalhar, pois na última quinta-feira (29/10) foi aprovada uma emenda constitucional que obriga o ensino gratuito para crianças de 04 à 17 anos, tento direito a todos os recursos didáticos, transporte, alimentação e à saúde. Esta emenda também prevê a desvinculação de tributos da união que hoje, retira 20% dos recursos destinados à educação deste tipo de arrecadação.

O que a educação ganha com isso?
Bem amiguinhos, na teoria isso renderá cerca de 9 bilhões amais por ano no caixa do ministério da educação até 2011, retirados diretamente do produto interno bruto, para investimentos em escolas, preparação de professores e atividades relacionadas à educação nacional, além de os alunos passarem mais tempo em sua vida estudando, tendo a possibilidade de obter um melhor futuro acadêmico-profissional. Na prática desvincula o "salário-educação" deste ministério, haverão mais profissionais ligados diretamente à escola (psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas, nutricionistas...) e os alunos terão apoio praticamente integral até quase à maior idade.
Nossa mas parece que tudo está ótimo, será que haverá problemas nesta Emenda Constitucional?
Possivelmente sim, até a implementação desta proposta, terão que ser realizados concursos e treinamentos dos atuais profissionais da área. Pegando por exemplo a aplicação da inclusão de estudantes portadores de necessidades especiais na escola comum, vemos que não há preparo de professores, não há ainda uma equipe treinada para ensinar crianças com necessidades especiais, não á uma eficácia didática que garanta o aprendizado de qualquer aluno da classe, além da questão estrutural dos prédios.
As escolas ainda não tem uma padrão ou bagagem para manter a ordem e garantir que o aluno que está em sala de aula, terá um bom aproveitamento e aplicação no seu dia-a-dia do que é ensinado na escola. Se não forem sanados problemas de vandalismo impune, ou motivação de alunos para se manter na escola aprendendo, continuaremos vendo a beleza no papel, mas com aplicações falhas, e com obrigações de tarefas e conteúdos que nem o professor se sabe, ou está preparado.
Vamos acompanhar o desenvolvimento e aplicação desta nova lei, até porque terão muitas oportunidades de trabalho para muitos profissionais de várias especialidades, possivelmente com bons salários.

Leitura recomendada:
Tecnologia do Ensino - Skinner, B. F. (1968)

Traz de maneira clara dificuldades, ainda atuais sobre a educação e possíveis soluções.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Revista VEJA dessa semana


Dica: procure a revista Veja dessa semana. A capa é essa acima.

Ela traz uma reportagem com o ex-ministro da educação, Paulo Renato de Souza.

Nessa entrevista, ele faz críticas interessantes à falta de metodologia na educação brasileira, além de apontar problemas políticos e de planejamento que interferem diretamente na educação nacional. É uma boa discussão (antiga para nós, Behecas...) a respeito de parte dos problemas que vemos hoje.

Abraço!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Post sobre hospital psiquiatrico


Aguardem, logo terá um post bom sobre o tema: doença mental e tratamento, aguardem.

Dica de curta sobre o tema: A Casa dos Mortos